quarta-feira, 12 de maio de 2010

Quando Deus criou as mães

 
Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as mães, 
um mensageiro se acercou Dele e Lhe perguntou o porquê 
de tanto zelo com aquela criação.

Em quê, afinal de contas, ela era tão especial?

O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe explicou que 
aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia especial 
cuidado.

Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar qualquer 
coisa, desde leves machucados até namoro terminado.

Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem 
depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse 
nas panelas para que o almoço não queimasse.

Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse 
catedrática em medicina da alma. Que aplicasse curativos 
nos ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas
da alma ferida e magoada.

Mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes
para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes. 
Mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido, 
quase insignificante, numa roupa especial para a festinha
da escola.

Por ser mãe deveria ser dotada de muitos pares de olhos. 
Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles
momentos em que se perguntasse o que é que as crianças
estão tramando no quarto fechado.

Outro para ver o que não deveria, mas precisa saber e, 
naturalmente, olhos normais para fitar com doçura uma 
criança em apuros e lhe dizer: Eu te compreendo. Não tenhas
medo. Eu te amo, mesmo sem dizer nenhuma palavra.

O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade
de convencer uma criança de nove anos a tomar banho,
uma de cinco a escovar os dentes e dormir, quando está
na hora.

Um modelo delicado, com certeza, mas resistente, capaz
de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos.

De superar a própria enfermidade em benefício dos seus amados
e de alimentar uma família com o pão do amor.

Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos com as
mais diversas faixas de idade.

Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de saudade e
de dor mas, ainda assim, insistir para que o filho parta em busca
do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu progresso maior.

Uma mulher com lágrimas especiais para os dias da alegria e os da
tristeza, para as horas de desapontamento e de solidão.

Uma mulher de lábios ternos, que soubesse cantar canções de
ninar para os bebês e tivesse sempre as palavras certas para o filho
arrependido pelas tolices feitas.

Lábios que soubessem falar de Deus, do Universo e do amor. Que
cantassem poemas de exaltação à beleza da paisagem e aos 
encantos da vida.

Uma mulher. Uma mãe.

* * *

Ser mãe é missão de graves responsabilidades e de subida honra. 
É  gozar do privilégio de receber nos braços Espíritos do Senhor e 
conduzi-los ao bem.

Enquanto haja mães na Terra, Deus estará abençoando o homem 
com a oportunidade de alcançar a meta da perfeição que lhe cabe,
porque a mãe é a mão que conduz, o anjo que vela, a mulher que 
ora, na esperança de que os seus filhos alcancem felicidade e paz.
 
Autor:
Redação do Momento Espírita. Disponível
no CD Momento Espírita, v. 5, ed. Fep.

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